terça-feira, 31 de março de 2009

Economia


Salvador Fernandes Caetano, nascido em Vilar de Andorinho a 2 de Abril de 1926, destacou-se como industrial português no ramo automóvel.
Iniciou a sua vida profissional com apenas 11 anos de idade, tendo-se estabelecido por conta própria aos 18 anos. Dois anos mais tarde criou a empresa Martins, Caetano e Irmão Lda, uma fábrica de carroçarias que foi o embrião do Grupo Salvador Caetano.
Em 1968, tornou-se representante exclusivo da Toyota em Portugal e, em 1991, construiu a primeira unidade industrial de automóveis, em Ovar. A empresa estendeu-se a todo o país e até no estrangeiro.
Em 1982, adquiriu a Baviera e passou também a representar a BMW. Assim, ao comemorar 50 anos de actividade, Salvador Caetano, tinha criado cinquenta empresas dos mais diversos sectores de actividade.
Este empresário foi distinguido por diversas ordens, tanto a nível nacional como internacional.

Imagem:

segunda-feira, 30 de março de 2009

Desporto

Nascido em Vila Nova de Gaia, a 27 de Março de 1973, Rui Jorge de Sousa Dias de Macedo de Oliveira foi um futebolista português que, conciliando os seus estudos na Escola Secundária António Sérgio, iniciou a sua carreira no Futebol Clube do Porto aos 9 anos de idade, onde ficou até à época de 1990/91.
Posteriormente, transferiu-se para o Rio Ave Futebol Clube, voltando na época seguinte para o FCP. Após seis épocas mudou-se para o Sporting Clube de Portugal, onde jogou durante sete temporadas, tendo, no entanto, vindo a terminar a sua carreira no Belenenses.
Pela Selecção Portuguesa de Futebol, Rui Jorge contou com 44 internacionalizações, participando na final do Euro 2000, do Euro 2004 e no Campeonato do Mundo de 2002.



Vanessa de Sousa Fernandes nasceu em Perosinho a 14 de Setembro de 1983.
Vanessa herdou do seu pai, Venceslau Fernandes, o talento para o ciclismo e não só.
Aos 15 anos ingressou no Centro Alto Rendimento do Jamor, onde reside e passa maior parte do seu tempo.
Atleta do Sport Lisboa Benfica e da Selecção Portuguesa conta com vinte vitórias da Taça do Mundo de Triatlo, chegou à primeira posição do ranquing mundial e em 2008 conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim.

Imagens:
http://tudotemumprincipio.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_06.html
http://albufeirasempre.blogs.sapo.pt/203447.html

domingo, 29 de março de 2009

Arquitectura


Alcino Peixoto de Castro Soutinho nasceu em Vila Nova de Gaia, em 1930.
Este famoso arquitecto português foi considerado, pela crítica nacional e internacional, apoiante dos modelos puristas do movimento moderno.
Formado pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, usufrui de uma bolsa de estudo para continuação dos estudos em Itália, onde conheceu vários arquitectos italianos que influenciaram o início da sua carreira.
Em 1973 foi docente da Escola Superior de Belas Artes do Porto e mais tarde da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
Foi o projecto para o novo edifício do Museu Amadeo Souza Cardoso em Amarante que lhe trouxe o reconhecimento internacional.
Em 1982 recebeu o prémio “Europa Nostra” pela obra de reparação do Castelo de Vila Nova de Cerveira e sua adaptação para a pousada de D. Dinis.Contudo, é com a sua obra Novos Paços do Concelho de Matosinhos, concluída em 1987, que obtém a consagração Nacional e Internacional, sendo condecorado com a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Matosinhos no ano seguinte e, em 1992, condecorado com a Medalha de Mérito Municipal da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.
Imagens:

Próximas publicações

Com a última edição demos por finalizada a divulgação da história de Vila Nova de Gaia.
Dado isto, começaremos com a divulgação de biografias de pessoas notáveis da cidade em várias áreas.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Actividades Económicas (2ª parte)




A este clima hegemónico favorece, já no século XX, a chegada da industrialização, com a qual Vila Nova de Gaia se vê invadida por fábricas de cerâmica (destacando-se a das Devesas), metalurgia, cortiça e vidro, que se desenvolvem após as funções governativas de Fontes Pereira de Melo, o qual dava prioridade ao desenvolvimento da rede viária e dos transportes marítimos e ferroviários como forma de fazer progredir o país.
Seguindo esta medida, surge, na cidade a via-férrea com a Estação das Devesas, em 1864, que vai influenciar a localização das demais indústrias, as quais, inicialmente, se encontravam junto à via fluvial e marítima e que agora sobem para junto do mais recente meio de transporte: o comboio.
Tudo isto levará a um desenvolvimento económico crescente, devido à facilidade de escoamento dos produtos para todo o mundo, mas também a uma perda de importância do Rio Douro favorecida pela construção de um porto, concluído em 1960. Pois, a Barra do Douro, considerada a mais perigosa da Europa, continuava a estreitar, enquanto as embarcações começavam a tornar-se demasiado complexas. Assim, houve a necessidade de desviar as embarcações para outro local: o Porto de Leixões. Desta forma, dá-se o abandono do rio para fins comerciais.
Apesar das condições favoráveis, aos poucos, a intensa vida comercial e industrial de Gaia vai-se alterando, as fábricas de cerâmica fecham e outras indústrias, como a cortiça, deslocam-se para os concelhos situados a sul, mais perto do porto de Aveiro.
Dado isto, actualmente, Vila Nova de Gaia vive sobretudo de actividades terciárias, estando cada vez mais a apostar no turismo, visto que não tem matérias-primas de especial valor no subsolo, nem grandes terrenos agrícolas e por ter perdido a sua importância portuária e o entreposto exclusivo do Vinho do Porto.
Contudo, desde o início do século XX, aposta noutras vias de progresso e afirmação como a indústria automóvel e a construção civil, nas quais tem sido reconhecida nacionalmente com o seu aparecimento entre as 500 maiores empresas.Em suma, Vila Nova de Gaia por ser uma área de expansão e de descompressão construtiva e de serviços da vizinha cidade do Porto, só recentemente ganha importância e uma certa autonomia, pois, continua dependente do Porto em alguns aspectos.

Actividades Económicas (1ª parte)


Vila Nova de Gaia ganhou importância economicamente, em muito, devido à sua posição fronteiriça tanto com o Rio Douro como com o Oceano Atlântico. Pois, estes eram o único meio de comunicação existente desde os tempos mais longínquos, vindo por esta via os mais variados produtos do Alto Douro e de todo o mundo.
Tendo isto em conta, já D. Afonso III e D. Dinis atribuíram os forais às distintas povoações que outrora existiram, de modo a fazer da margem esquerda do rio um entreposto comercial.
Com isto, desde muito cedo se desenvolveram actividades ligadas ao rio e outras que as complementavam, predominando, desde a Época Moderna, os homens de mar como pilotos, carpinteiros de naus, calafates1, estivadores2, marinheiros e artífices; mercadores e homens de negócios, mas também ferreiros, entalhadores3, imaginários e mestres de pedraria.
A estes juntavam-se os pescadores das actuais zonas da Afurada e da Aguda que, do alto mar da zona galega, traziam a pescada e do rio o sável, que se perdeu com a construção da Barragem de Crestuma.
Além destes, havia os tanoeiros que se dedicavam ao fabrico de pipas para conservar o vinho, um importante produto que séculos mais tarde irá ser uma marca para a cidade.
Pois, só a partir de 1777 os armazéns de vinho de embarque passam a situar-se na sua maioria em Gaia e em Vila Nova, onde não estavam sujeitos aos impostos a favor do bispo do Porto, passando por isso as povoações a ser somente um entreposto do Vinho do Porto no século XVIII.
Com efeito, este município começa a ganhar importância a par do Porto, através do crescente desenvolvimento económico e social, conseguido com as reformas de Marquês de Pombal, as quais modificaram o urbanismo de Gaia e de Vila Nova medievais com a instalação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (Real Companhia Velha) em Vila Nova (armazéns), Arnelas (armazéns) e Crestuma (fundição).
1Calafates – homens que concertavam as embarcações e as pipas
2Estivadores – homens que carregavam e descarregavam as embarcações
3Entalhadores – homens que trabalham a talha, trabalham a madeira

sábado, 7 de março de 2009

Configuração Administrativa


Vila Nova de Gaia apresenta-se praticamente inalterada desde o século XIII.
Contudo, desde a Idade Média até ao século XIX, a actual freguesia de Santa Marinha encontrava-se dividida em dois burgos distintos, cada qual com a sua administração, além de separados pela Ribeira de Santo Antãoou Ribeiro das Azenhas.
Esta nasce na zona da Rasa, atravessa a Telheira, segue para poente do caminho-de-ferro das Devesas, passa pela sua quinta (Quinta das Devesas) e desagua no Rio Douro.
Com isto, existiam duas povoações ribeirinhas: Vila de Gaia e Vila Nova.
A Vila de Gaia ou Concelho de Cima localizava-se a poente, no alto da vertente, desde as encostas do Castelo de Gaia até ao rio; enquanto a Vila Nova, ou Concelho de Baixo, se situava a nascente.
A primeira, designada por Gaia-a-Grande a partir do século XVII, era a povoação antiga da qual faziam parte uma fracção das freguesias de Santa Marinha, Mafamude, Oliveira do Douro e Canidelo. O restante das freguesias acima mencionadas pertencia à outra vila, a qual, também a partir do século XVII, apresenta a designação de Gaia-a-Pequena, sendo esta a povoação sede até ao século XIX.
O restante território (19 freguesias) eram os arrabaldes das vilas, constituído por povoações que se foram acumulando até ao século XIII. Pois, inicialmente existiam apenas Vilar de Andorinho, Canelas, Vilar do Paraíso, Madalena, Valadares, Gulpilhares, Arcozelo, São Félix da Marinha, Perosinho, Sermonde, Serzedo e Guetim, às quais se juntaram Avintes, Seixezelo, Grijó, Sandim, Olival e Crestuma.
Assim, aquando a formação do concelho de Vila Nova de Gaia, em 1834, este passa a contar com as vinte e três freguesias que já faziam parte de Vila Nova, Vila de Gaia e seus arrabaldes.
No entanto, durante o século XX, Vila Nova de Gaia irá sofrer duas alterações administrativas.
A primeira dá-se a 11 de Outubro de 1926, quando Espinho, numa tentativa de aumentar o seu território, passa a possuir a freguesia de Guetim, pertencente a Vila Nova de Gaia, em troca de Lever, que pertencia ao município de Vila da Feira, através de um decreto.
A segunda acontece a 9 de Fevereiro de 1952, quando uma parte de Santa Marinha se torna autónoma, dando origem à freguesia de São Pedro da Afurada.
É com um total de vinte e quatro freguesias num território com 175 km2 que a 28 de Junho de 1984 é elevada a cidade.
Imagem retirada do livro "Gaia e Vila Nova na Idade Média"

segunda-feira, 2 de março de 2009

Fundação de Vila Nova de Gaia


Após a perda de autonomia das povoações da margem sul do Douro, estas só a reconquistarão a 20 de Junho de 1834, altura em que se unem e dão origem ao actual concelho de Vila Nova de Gaia.
Todavia, para isto foi fundamental o Mosteiro da Serra do Pilar que durante as lutas liberais serviu para o General Torres, então capitão, comandar as tropas de D. Pedro IV, contra os miguelistas defensores do absolutismo régio, derrotando-os.
Com isto, Vila Nova e Vila de Gaia ganham importância libertando-se do Porto.