quarta-feira, 22 de abril de 2009

Tradição: S. Gonçalo


Todos os anos, em Vila Nova de Gaia é realizada a romaria de S. Gonçalo, a primeira do ano.
O S. Gonçalo provém de Amarante e, segundo reza a lenda, este Santo terá falecido a 10 de Janeiro de 1259. Daí, esta festa popular celebrar-se no primeiro domingo após o dia 10.
Nesse dia, a cidade de Gaia acorda ao som do rufar dos bombos dos mareantes do Rio Douro (freguesia de Santa Marinha) e das Comissões Velha e Nova Rasa (Mafamude).
Percorrendo toda a cidade e levando consigo os seus santos protectores: S. Cristóvão, dos barqueiros do rio; S. Gonçalo, dos Homens do mar, das doenças dos ossos e dos construtores de pontes; e, finalmente, o S. Roque dos antigos carpinteiros navais e calafeiras, protector contra a peste; estes rivais pretendem saudar o bom povo de Gaia.
As cabeças dos santos que transportam são a principal atracão destes cortejos, sendo que os festeiros da Rasa levam a cabeça do S. Gonçalo e os Mareantes do Rio Douro a de S. Cristóvão.
No final do dia, ambos os cortejos se encontram na Igreja de Mafamude e é lá que os de Rio Douro aproveitam para protestar o que lhes pertence, pois acreditam que o padre de Santa Marinha ao mudar para a igreja de Mafamude levou consigo o S. Gonçalo, santo este que dizem pertencer a Santa Marinha. Assim, como forma de reclamar a posse do santo no decorrer do cortejo, afirmam “Ele é nosso!!!” e é nesta altura que os fieis aproveitam para rezar junto ao altar, pedindo que o novo ano lhes seja favorável não só em questão de saúde, mas também em aspectos mais pessoais, como o casamento.
Esta festa popular, com origens que se perdem no tempo foi incorporada em diversas manifestações religiosas e populares, algumas da Idade Média, mas outras do século antes do nascimento de Cristo.
Actualmente, esta romaria tem vindo a perder o seu carácter e importância, sendo cada vez menos as pessoas que se interessam e participam nesta festa popular, embora aquelas que ainda o fazem demonstrem todo o entusiasmo e euforia à volta deste dia de festa.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Produtos Típicos: “Velhotes da Braguesa”


Fabricado à base de ovos, margarina e açúcar, este tipo de pão doce é um produto secular, típico da freguesia de Valadares.
De forma rectangular, os “Velhotes” são, especialmente, procurados no mês de Julho, aquando a Festa em honra do Senhor dos Aflitos, em Valadares.
Este produto chegou, a Vila Nova de Gaia, nos inícios do século XX, quando uma mulher natural de Braga (daí a denominação “da Braguesa”) chega com a receita, e já com a designação de “Velhotes”, a Valadares, onde instalou uma padaria, um negócio de tradição familiar. Dado isto, desconhece-se a razão do nome “Velhotes” dado ao referido pão doce.
Devido ao seu sucesso, tal como a broa, também este doce regional deu origem à criação de uma confraria para a sua defesa e divulgação, já em 1998.
Contudo, na altura tratava-se da Confraria dos Amigos de Bem Comer e Beber, que começou com um encontro mensal no Restaurante Cantinho do Amigo, com um grupo primeiramente reduzido, mas que a 11 de Dezembro de 1998, já contava com mais de 20 confrades efectivos.
Os seus princípios eram o de saber aproveitar os prazeres da vida, a boa comida, o bom vinho, o convívio saudável e o companheirismo.
Porém, isto foi mudando numa tentativa de aproximação com o património histórico, dando origem, a 27 de Dezembro de 2002, à oficialização da Confraria do Velhote (o novo nome da fundada em 1998), a qual é constituída por outros mais de 400 membros que garantem a continuidade do convívio são e fraterno, acima de tudo sincero dentro dos princípios éticos sociáveis, destacando-se com a capa azul debruada a azul cru, com emblema incrustado, chapéu cinzento com espiga e colar com emblema de bronze, contraste com a capa.
Além disto, apresentam a bandeira com o doce "o Velhote" bordado a ouro, num fundo azul celeste, onde está identificada a freguesia e o concelho ao qual o típico produto pertence.
Esta Confraria, filiada na Federação Nacional das Confrarias da Gastronomia Portuguesa desde 2005, ocupa-se pela realiza colóquios e outras acções de âmbito cultural e a certificação da qualidade do doce e, claro, pela dignificação e divulgação da existência do doce regional “O Velhote”.

sábado, 18 de abril de 2009

Produtos Típicos: Broa de Avintes


A Broa é um produto típico de Vila Nova de Gaia mas, especialmente, da freguesia de Avintes, que lhe dá o nome.
Esta é considerada o local de fabrico da broa por excelência, desde a altura em que D. Dinis, receando os incêndios entre os muros do Porto, publicou um conjunto de directivas onde estabelecia que a cozedura do pão de milho deveria ocorrer apenas em Avintes e Valongo.
Dado isto, esta freguesia rica em grão, aproveita para aumentar em muito a sua produtividade, sendo favorecida pelo facto de, desde o século XIII, se negar o pagamento de portagens às mulheres que vendiam este pão, devido à nota importante que constou do Foral concedido, por Afonso III, a Gaia.
Nestas circunstâncias, a moagem dos cereais, feita nos cerca de 50 moinhos de água que o Rio Febros faz girar, vai ganhando relevância, atingindo o auge no século XVIII, quando a padaria passa a ser a principal ocupação em Avintes.
Com isto, a apetência da freguesia para a produção da broa é reconhecida até pelos franceses que, durante as Invasões que realizaram em Portugal, pouparam a freguesia do saque geral para que continuasse a fornecer o alimento à cidade.
Com efeito, Avintes vai aumentando significativamente a sua produtividade, falando-se em 300 carros de pão por semana, nos inícios do século XIX, enquanto no século anterior só se falava em 96 carros por semana.
Contudo, em meados do século XIX, a freguesia da broa vê-se entrar na decadência, uma vez que os seus fabricantes e vendedores recusaram a deliberação camarária de vender o famoso pão ao peso, entrando por isso em greve.
Posto isto, devido à dependência da cidade no pão de milho de Avintes foi necessário criar alternativas para alimentar os seus moradores. Assim, construíram-se fornos dentro da urbe, aumentando a concorrência de Avintes e industrializando-se o produto.
Apesar disto, recentemente, e com o intuito de preservar e divulgar este produto de enorme história e tradição, foi criada por Escritura Pública a Confraria Broa de Avintes.

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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Casa Museu Teixeira Lopes / Galerias Diogo de Macedo


A Casa Museu Teixeira Lopes é composta por duas unidades complementares, que na globalidade das suas obras apresentam uma visão das artes visuais compreendida entre o século XIX e os inícios do século XX. Uma é a Casa de Teixeira Lopes, outra é as Galerias Diogo de Macedo.
A Casa de Teixeira Lopes é um edifício oitocentista (1895) de aspecto regional, com um pátio povoado de obras de arte, projectado pelo arquitecto José Teixeira Lopes para residência e oficina de escultura do seu irmão, António Teixeira Lopes. Esta foi doada por Teixeira Lopes, em 1933, ao Município de Vila Nova de Gaia, com todo o seu espólio, dando origem à Casa Museu, uma vez que nela ainda se encontra todo o mobiliário original, assim como esculturas de bronze, mármore e maquetas de gesso da autoria do ex-proprietário.
A esta casa, foi anexo um edifício, de construção mais recente, inaugurado em 1975, designado Galerias Diogo de Macedo, devido à doação de grande parte da obra da colecção deste artista à Câmara Municipal de Gaia.
Assim, neste espaço, estão inseridas as obras dos escultores António Teixeira Lopes e Diogo de Macedo e as colecções por eles reunidas que passam pela pintura, escultura e artes decorativas, como peças que foram produzidas pelas fábricas de cerâmica do município. Dado isto, podemos encontrar obras de múltiplos autores, tanto nacionais como estrangeiros.
Além de tudo isto, ainda existem as Oficinas da Casa Museu, que correspondem aos ateliers onde Teixeira Lopes trabalhou e esculpiu, onde, actualmente, muitos escultores nacionais trabalham e criam, saindo deste local cerca de 90% da estatuária produzida em Portugal, que povoa jardins e parques nacionais e internacionais.

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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Solar Condes de Resende


O Solar Condes de Resende situa-se na freguesia de Canelas, perto da Igreja de Santa Isabel.
Esta casa senhorial foi edificada possivelmente durante a Idade Média, no século XI, sendo antigamente conhecida como Quinta da Costa.
Nos tempos que correm, é conhecida pelo nome dos seus antigos donos, sendo propriedade municipal, desde 1984, na qual funcionam os serviços de investigação, estudo e divulgação da Arqueologia, História, Antropologia Cultural e Património de Vila Nova de Gaia, sendo, por isso, considerada a Casa Municipal da Cultura.
Contudo, neste local podem, ainda, ser encontrados o Arquivo Condes de Resende, os estudos sobre a vida e obra de Eça de Queiroz, o Roteiro Queirosiano de Vila Nova de Gaia e uma boa parte da Colecção Marciano Azuaga doada ao Município de Vila Nova de Gaia em 1904.
Além disto, existem ainda salas para exposições e eventos, um centro de documentação com biblioteca, o Jardim Eça de Queirós, onde este escritor se apaixonou por Emília de Castro Pamplona, filha dos Condes de Resende e o jardim das Japoneiras ou das Camélias que contém espécies centenárias.


terça-feira, 14 de abril de 2009

Casa da Cultura - Casa Barbot


A Casa Barbot, assim chamada por aqui ter vivido a família Barbot, situa-se na Avenida da República, junto à Estação de General Torres.
Trata-se de uma antiga residência unifamiliar datada do início do século XX, sendo o exemplar único de Arte Nova em Vila Nova de Gaia, conjugando a inspiração árabe, neoclássica e ainda elementos de gosto oriental, aproximando o edifício de um gosto francês de finais do século XIX.
O requinte da sua decoração deve-se à mestria do trabalho do escultor gaiense Alves de Sousa, do pintor Veloso Salgado, do estucador Baganha e do arquitecto Ventura Terra, que juntos contribuíram para a criação de uma requintada moradia que engloba ainda um jardim, estufa e mirante.
Apesar das transformações sucessivas introduzidas pelos diversos proprietários, o edifício mantém a estrutura inicial de cave mais dois pisos.
Desde 3 de Fevereiro de 2007, neste edifício, classificado como Imóvel de Interesse Público em 1982, funciona a Casa da Cultura do município de Vila Nova de Gaia, a qual adquiriu o imóvel, recuperou-o e aí instalou a Casa da Cultura, sede do Pelouro da Cultura, Património e Turismo da autarquia.
A Casa Barbot ou Casa da Cultura dispõe actualmente de uma área destinada a exposições e à promoção de eventos como debates, colóquios, seminários, workshops, lançamento de livros e momentos musicais, trabalhando nela inúmeras pessoas que se dedicam à projecção de eventos culturais, que passam, por exemplo, pela montagem da Cascata S. Joanina nos seus jardins.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Aqueduto dos Arcos do Sardão


Classificado como Monumento Nacional, este aqueduto de arquitectura civil privada, foi mandado construir em 1720, pelo avô materno de Almeida Garrett.
Foi concebido como uma robusta estrutura constituída por uma arcada com vinte e três arcos plenos, de grande dimensão, assentes em outros tantos pilares que servia para levar água desde uma nascente em Vilar de Andorinho até ao palacete da Quinta do Sardão.
O que resta dele são algumas das arcadas existentes na referida quinta, na freguesia de Oliveira do Douro, devido a alteração feita em 1987, para permitir a passagem da estrada nacional 222, para Avintes.
Podem ser observados do miradouro do Monte da Virgem.


Imagem: arquivo municipal

sábado, 11 de abril de 2009

Convento de Corpus Christi


O Convento de Corpus Christi, também conhecido como Instituto do Bom Pastor, é um antigo edifício religioso localizado na freguesia de Santa Marinha, no Largo Aljubarrota.
Construído primitivamente junto ao rio, no século XIV, este antigo e belo convento Dominicano, construído em torno da igreja, sofreu profundas alterações e acréscimos nos séculos XVII e XVIII, devido às cheias do Douro que provocaram uma degradação gradual do edifício.
A edificação do novo templo foi, então, desenhada pelo Padre Pantelão da Rocha de Magalhães, na segunda metade do século XVII, começando as obras em 1675 e prolongando-se até ao final do século.
Contudo, a interpretação menor do modelo lisboeta do convento do Bom Sucesso de Belém, revelou alguns problemas arquitectónicos que vieram a ser resolvidos, entre 1677 e 1680, pelo pedreiro Gregório Fernandes.
Assim, a igreja conventual, do século XVII, é de estilo barroco joanino, com forma de rotunda poligonal, apresentando no coro um sumptuoso tecto apainelado, assim como um cadeiral em talha, que remonta à segunda metade de Seiscentos e de onde sobressai a expressividade de determinadas máscaras e animais que se enquadra nas temáticas da Ordem de São Domingos.
Além disto, possui uma antiquíssima estátua de S. Domingos e uma fonte seiscentista.
Apesar de toda a sua beleza, na sequência do triunfo do liberalismo em Portugal, em 1834 o convento foi extinto e os seus bens confiscados. Dado isto, em 1930, o edifício foi entregue às irmãs do Instituto do Bom Pastor que criaram um Instituto Feminino de Educação e Regeneração, o que, dado o aumento das internadas, levou à construção, em 1940, da ala poente do convento, de arquitectura tipicamente do Estado Novo.
No início da década de 90, as religiosas retiram-se e o edifício foi entregue à Ordem Soberana e Militar de Malta, apesar de ter sido revertido para a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, em 2003. Altura em que o convento sofreu obras de remodelação, albergando agora uma zona de promoção e comercialização de produtos e actividades de interesse cultural e ainda um pólo de mestrado da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto.


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quinta-feira, 9 de abril de 2009

Mosteiro de Pedroso


Fundado, provavelmente, no século XI, apesar de existirem documentos que declaram a sua existência no século IX, o mosteiro beneditino foi doado pelo D. Gondesinho.
Inicialmente de estilo românico, vê, em 1128, após Pedroso receber o foral concedido por D. Afonso, a sua zona de influência distribuir-se por 37 freguesias que foram desde Vila Nova de Gaia, até Santa Maria da Feira, ao termo de Aveiro, do Vouga, ao concelho de Lafões e à freguesia de Santa Eulália de Vila Maior, no concelho de Pereira Jusã.
Contudo, durante o século XV sofreu profundas alterações na sua arquitectura, perdendo quase toda a sua traça original com excepção da fachada lateral com um escudo, e a pia baptismal, no seu interior.
Dado isto, a igreja apresenta-se constituída por uma torre medieval, fachada em granito, brasão gótico, uma galilé do século XVI e uma colecção de vinte imagens, nomeadamente, a de São Pedro e São Miguel, que conferem a grandiosidade da considerada igreja matriz em 1759.
Com isto, não há qualquer dúvida em afirmar que o Mosteiro de Pedroso, o qual acolheu o Frei Pedro Julião, que mais tarde foi nomeado Papa João XXI, é o verdadeiro ex-libris de Pedroso e das regiões envolventes.
De um valor histórico incalculável, este Mosteiro é já considerado monu­mento de interesse regional, sendo aspiração da população de Pedroso que receba a classificação de interesse nacional.


Imagem: guia turístico de Vila Nova de Gaia

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Mosteiro de Grijó


O Mosteiro de Grijó ou Mosteiro de São Salvador de Grijó localiza-se na freguesia de Grijó, no Lugar do Mosteiro.
Mandado construir nos inícios do século X, sob o nome de Mosteiro de Eclesiola, viu o seu lugar, arquitectura e nome alterados. O nome devido ao passar dos anos que fez com que a terra se começasse a chamar Egrejinha (Igriji em latim), passando depois para Egrijó e finalmente Grijó que deu origem à denominação Mosteiro de São Salvador de Grijó; o lugar, que inicialmente era Murraceses, mudou juntamente com a arquitectura devido à necessidade de reconstrução.
Assim, de arquitectura religiosa, maneirista, surge a construção actual do mosteiro que data dos séculos XVI-XVII, devido à demora de construção da capela-mor que só terminou em 1629, quando a primeira pedra do dormitório foi lançada em 1574, dois anos após o contrato do arquitecto Francisco Velasquez, para desenhar o projecto.
Os claustros do mosteiro serviram vários propósitos ao longo dos séculos, sendo utilizados até mesmo como hospital durante a resistência à invasão napoleónica no século XIX.
No entanto, no ano de 1770 o convento foi extinto, passando os seus bens para o Convento de Mafra.
Imagem:

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mosteiro da Serra do Pilar


O Mosteiro da Serra do Pilar é um monumento histórico de Vila Nova de Gaia que se situa na freguesia de Santa Marinha, junto à Ponte D. Luís.
Inserido na área classificada, em Dezembro de 1996, como Património Mundial da UNESCO, o ex-libris de Gaia preserva a interessante igreja e o claustro, de planta circular, com 36 capitéis jónicos, que é exemplar único em Portugal.
Foi mandado construir, em 1538, pelos mestres Diogo de Castilho e João de Ruão com o intuito de albergar os Frades Agostinhos do Mosteiro de Grijó, sendo concluído apenas em 1670, devido à falta de verbas causada pelo domínio espanhol sobre o reinado português.
A igreja (classificada Monumento Nacional) do século XVI é uma réplica da Igreja de Santa Maria Redonda, em Roma. Curiosa pela sua planta circular, é coberta por uma abóbada hemisférica, rodeada por varandim e rematada por um lanternim (abertura alta e estreita na parede), enquanto no interior se salientam os trabalhos em talha dourada e as imagens de madeira policromada setecentistas.
Ao longo dos tempos serviu de abrigo aos militares que defendiam a cidade, o país e os seus habitantes, sendo, durante o Cerco do Porto (1832-1833), o único refúgio que os liberais conseguiram manter a Sul do Rio Douro.
Dado isto, nota-se o quanto foi alvo da violência da guerra e de ataques constantes, que o deixaram num estado deplorável de ruína e abandono, mas que não o destruíram.
Assim, em 1834, com a criação da Real Irmandade de Nossa Senhora do Pilar e, posteriormente, do Grupo de Amigos do Mosteiro da Serra do Pilar, é recuperado o conjunto museológico que, durante as conquistas liberais, foi reconhecido pelo seu valor militar e, com isto, o convento foi transformado em fortaleza improvisada.
Já no início do século XX, tornou-se Quartel das Tropas, estando actualmente sob a alçada do Regimento de Artilharia da Serra do Pilar.


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Próximas publicações

A partir deste momento, iremos publicar vários textos sobre locais que demarcam o património cultural de Vila Nova de Gaia e sítios onde essa cultura é promovida.
Seguidamente, falaremos de assuntos diversos como os produtos típicos, a Festa do S. Gonçalo, eventos e locais de interesse na cidade de Vila Nova de Gaia, entre outros temas.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Música


António Pinho Vargas nasceu em Vila Nova de Gaia a 15 de Agosto de 1951, sendo um pianista português de jazz e música erudita, assim como ensaísta e autor de livros sobre música.
Formou-se em História na Universidade do Porto e diplomou-se no Conservatório de Roterdão e, de 1987 a 1990, formou-se em composição. Um ano mais tarde torna-se professor de composição na Escola Superior de Música de Lisboa.António Vargas é um dos nomes mais importantes do Jazz em Portugal, tendo gravado 7 discos com dezenas de composições originais com influências da música contemporânea, tendo escrito trilhas sonoras de filmes e duas peças de teatro, contado já com inúmeros prémios recebidos.


site oficial:

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Literatura


José Rentes de Carvalho nasceu em 1930, no concelho de V.N. Gaia, tendo frequentado, no Porto, o Liceu Alexandre Herculano e mais tarde estudado nos liceus de Viana do Castelo e de Vila Real.
No entanto, por razões políticas viu-se obrigado a sair de Portugal, tendo vivido no Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Iorque e Paris. Foi nessas cidades que trabalhou para jornais, como: “Correio Paulista”, “ Estado São Paulo”, “Globo” e para a revista “Cruzeiro”.
Em 1956, mudou-se para Amesterdão, a fim de trabalhar na embaixada brasileira.
Contudo, ainda fez um mestrado na Universidade de Amesterdão, onde mais tarde veio a leccionar até 1988, altura em que se reforma da universidade e continua a carreira de jornalista e romancista.
A sua bibliografia inclui um vasto número de colaborações em jornais, publicações culturais, revistas, contos, ensaios, assim como em diversas antologias literárias e escolares portuguesas e holandesas, apesar de ter edições portuguesas, brasileiras, belgas e holandesas.Em 1991 recebeu o grau de grande comendador da Ordem do Infante D. Henrique e no ano seguinte a cidade de Vila Nova de Gaia ofereceu-lhe a medalha de ouro da cidade.


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Escultura


António Soares dos Reis nasceu, em 1847, na freguesia de Mafamude, em Vila Nova de Gaia.
Com 13 anos, Soares dos Reis iniciou os seus estudos de desenho na Academia Portuense de Belas Artes, concluindo o curso em 1866.
Viveu também em Paris e em Roma, mas, foi no Porto que recebeu vários prémios.
Este importante escultor português suicidou-se em 1889 no seu ateliê em VNG.
Em 1911 o chamado Museu Portuense, instalado no edifício do Convento de Santo António da Cidade, actual edifício da Biblioteca Pública Municipal do Porto, passou a chamar-se Museu Soares dos Reis, em homenagem ao escultor, fazendo a maioria do seu espólio parte da colecção do museu.

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quarta-feira, 1 de abril de 2009

Rádio e Televisão


António Manuel Sala Mira Gomes nasceu em Vilar do Paraíso a 14 de Janeiro de 1949.
O seu sonho era ser actor, mas desde logo descobriu que a sua vocação era de locutor de rádio fónico.
António Sala era também dotado da capacidade para tocar piano e compor as suas próprias melodias, as quais foram interpretadas por cantores da época.
Em 1966, estreou-se aos microfones dos emissores associados de Lisboa, onde também era sonorizador e técnico de som, numa peça de teatro radiofónico.
Após quatro anos, estreia-se na televisão, ainda como cantor, onde viria mais tarde a tornar-se apresentador de televisão.
A sua carreira continuou a evoluir positivamente, interpretando diversos sucessos e participando no Festival RTP da Canção em 1980 e 1984, assim como escrevendo livros.
Contudo, é em 2007 que passa a assumir o cargo de Assessor do Conselho de Gerência da Rádio Renascença, emissora na qual entrou em 1979, tendo apresentado programas marcantes como “Despertar”.