domingo, 24 de maio de 2009

Locais de interesse turístico


No concelho de Vila Nova de Gaia podem-se encontrar diversas zonas de atracão turística, para além dos monumentos históricos já mencionados. Pois, existem várias zonas de lazer e de distracção ligadas à natureza que, apesar de desconhecidas pelos muitos turistas que nos visitam, revelam uma enorme importância no desenvolvimento económico da cidade.
No entanto, o lugar mais apreciado por quem nos procura continua a ser o Cais de Gaia, um actual empreendimento que visou a renovação e valorização da zona ribeirinha tirando o melhor partido da frente fluvial e de um enquadramento paisagístico único com a construção de esplanadas, restaurantes e bares a pensar nos turistas que visitam as tão famosas caves do vinho do Porto, assim como, naqueles que daqui partem rumo à região vinhateira.
Dado isto, é um dos grandes pontos de referência do concelho, a par da extensa faixa costeira, com aproximadamente 17km de areal, repleta de Bandeiras Azuis e bares e que, após a requalificação, apresenta um passadiço em madeira ligando a praia de Lavadores à de Espinho, assim como uma área reservada à circulação de bicicletas, incentivando à prática desportiva. Tudo isto faz com que as praias de Vila Nova de Gaia sejam consideradas, por muitos, como as melhores do país, embora o grande destaque vá para a Praia de Miramar, famosa pelos deliciosos gelados, apresenta um espaço de lazer com, por exemplo, parque infantil e de futebol, assim como a Capela do Senhor da Pedra, alvo de bastantes visitantes curiosos por ver a única capela localizada em pleno areal, junto ao mar.
Contudo, nem só as zonas litorais e fluviais, nas quais muito se tem apostado, dão vida a Vila Nova de Gaia.
Existe, também, sítios meramente de lazer, como é o caso do Monte da Virgem, em Vilar de Andorinho, propício ao contacto com a natureza, à realização de um piquenique ou mesmo aos passatempos mais tradicionais, tudo a favor do convívio.
Também ligado ao lazer e a espaços verdes, fomos enriquecidos com a construção do Parque da Lavandeira, que recria, assim, diversos ambientes ligados ao lazer e à prática desportiva, tendo jardins temáticos e um estádio municipal.
Além disto, nesta cidade podemos encontrar locais de investigação, de igual interesse público, ligados ao ambiente e à natureza, onde podemos observar a fauna e a flora.
São exemplo disso:
· a Estação Litoral da Aguda onde se desenvolvem actividades ligadas à investigação do meio aquático, sendo as suas instalações disponibilizadas para a exposição de um conjunto de aquários dedicados à fauna e flora aquáticas locais, mostrando sobretudo os peixes e invertebrados marinhos mais importantes para a pesca artesanal, a qual, também, é digna de um espaço, denominado Museu das Pescas, onde se mostram os seus apetrechos e artes tradicionais;
· o Parque Biológico de Gaia, onde se alia uma reserva natural ao jardim zoológico, apresentando-se um elevado número de espécies animais e vegetais, três tipos de formações geológicas e coisas tipicamente rurais, que no fundo fazem parte do passado da freguesia de Avintes, assim como, um centro de acolhimento com auditório e uma sala de exposições;
· o Parque e Zoo de S. Inácio que engloba espécies vegetais e animais que garantem a animação através de demonstrações de voos de aves de rapina, com repteis e mamíferos.

Exemplos de Eventos


O Cais de Gaia, situado na freguesia de Santa Marinha, junto ao Rio Douro, é um dos locais mais dinâmicos de Vila Nova de Gaia, pois, é nesse local que ocorrem eventos de grandes dimensões como o Red Bull Air Race, Gaia in Ice e as Marchas populares de S. João.
O Red Bull Air Race é um desporto motorizado relativamente novo e de alta performance, que tem como objectivo percorrer a pista no menor tempo possível, evitando pontos de penalidade.
Este evento já percorreu várias cidades do mundo e vai ter, pelo terceiro ano consecutivo (2009), o seu circuito colocado no Rio Douro, local que os participantes desta prova elogiam bastante, considerando-o mesmo um dos melhores circuitos que já fizeram.
As Marchas de São João acontecem no sábado que antecede o dia de S. João (24 de Junho) e consiste num desfile e posterior dança das demais freguesias concorrentes de Vila Nova de Gaia, sendo escolhida por um júri as três vencedoras que actuam no dia 23 de Junho novamente no Cais de Gaia.
O Gaia in Ice é outro dos programas promovidos pela Gaianima, sendo colocada uma pista de gelo no Cais de Gaia para quem quiser, poder patinar.
Contudo, além destes, existem outros acontecimentos que, embora não sejam no Cais de Gaia, também recebem bastante observadores.Um desses casos é o Festival das Marés Vivas que sucede junto ao Rio Douro, na zona de Canidelo. Trata-se de um festival de música com vários artistas convidados que garantem a animação ao longo de vários dias.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Eventos


É incontestável que actualmente os eventos se tornaram uma alternativa de lazer e de autosubsistência para muitas pessoas, sendo exemplo disso o município de Vila Nova de Gaia onde várias autarquias apoiam a realização dos mesmos como estratégia para o desenvolvimento local.
Tais acontecimentos têm a capacidade de atrair para cidade sede um número significativo de pessoas motivadas a participar em diferentes tipos de evento. Este movimento de pessoas relativamente a uma determinada comunidade, acaba afectando praticamente toda a sociedade destas cidades centro, proporcionando mudanças de âmbito social, cultural, económico e ambiental.
No sentido mais amplo evento é o sinónimo de um acontecimento não rotineiro, facto que desperta atenção devido ao dinamismo da actividade. Estes acontecimentos possuem uma grande gama de definições, entre elas a de que os eventos são actividades de entretenimento, com grande valor social, cultural e, sobretudo, histórico.
As suas actividades constituem uma verdadeira mistura de marketing, entretenimento, lazer, arte e negócios. É tal a sua importância no contexto social, cultural, económico e político da cidade/região (nalguns casos até mesmo do país), que podemos denominá-los agentes do património histórico-cultural.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Circular na cidade: Rede de transportes públicos


Uma cidade necessita de uma rede de transportes bem estruturada, ou seja, da interligação dos diversos meios de transportes públicos de forma a oferecer uma maior comodidade a quem os utiliza e com capacidade de atrair os utilizadores das viaturas privadas, aliviando o trânsito característico dos grandes centros urbanos como é Vila Nova de Gaia.
Tendo em conta isto, Gaia, tal como os concelhos vizinhos da Área Metropolitana do Porto, viu reestruturados os trajectos da STCP (Sociedade de Transportes Colectivos do Porto), com vista a uma melhor mobilidade urbana entre as linhas rodoviárias e as ferroviárias.
Assim, com o surgimento do metropolitano na Avenida da República, a cidade vê reduzido o número de linhas de autocarro devido à sua aglutinação. Porém, com isto, os percursos existentes têm o cuidado de passar por pontos estratégicos onde estão localizadas outras paragens que permitem rapidamente entrarmos num outro meio de transporte, quer rodoviário, quer ferroviário, de modo a garantir a comodidade dos utilizadores, são os chamados interfaces. Exemplos disto são as linhas 900 e 903 que têm o seu término, no sentido de sul para norte (Porto), junto a estações do metro, a fim de aí se realizar o transbordo do modo rodoviário para o ferroviário, tanto para o metro como para o comboio.
Apesar dos muitos inconvenientes, que implicaram bastantes contestações e duvidas, e de alguma falta de informação à realidade do Metro do Porto, certo é que os utentes estão satisfeitos com esta nova forma de circular na cidade, sendo uma boa forma de evitar o trânsito. Tanto o é, que está previsto o alargamento da linha existente em Gaia até S. Ovídio e, posteriormente, a Laborim até 2018, além de estar projectada a ligação Vila D’Este-Laborim-Faculdade de Letras do Porto, embora ainda esteja a ser estudado.Tudo isto, promoverá a redução de carros que circulam no concelho e, consequente, tornará a mobilidade urbana mais cómoda de se fazer e, realmente, competitiva ao tráfego automóvel, retirando das ruas um enorme fluxo de transportes particulares, o que contribuirá para uma redução de gases poluentes de CO2, que mostram a preocupação ambiental do concelho.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Circular na cidade: Principais vias de comunicação


Por ser antecâmara do litoral-norte, para quem vem por via terrestre, Vila Nova de Gaia, adquiriu uma certa importância, beneficiando da existência de várias pontes (rodoviárias e ferroviárias), num total de 7, que fazem a travessia do Rio Douro, assim como, do aumento da sua rede de estradas, nos últimos anos.
Quem olha para trás no tempo reconhece uma cidade, que muitos diziam ser confusa, com ruas de paralelo estreitas e mal ordenadas sob o ponto de vista dum planeamento coeso e funcional, ou seja, onde as imensas artérias tinham bastante tráfego e imensos buracos, dando a impressão de que a cidade era interminável. As deslocações demoravam bastante tempo, sobretudo, porque parte das artérias do eixo Norte-Sul se dirigiam para a Avenida da República que, apesar de ter duas faixas de rodagem, não era o suficiente para o trânsito automóvel e público.
Todavia, com a melhor gestão que se tem vindo a verificar no espaço urbano, ultimamente, os Gaienses têm assistido a uma infinita remodelação nas estradas e vias de acesso.
Assim, em Vila Nova de Gaia, podemos encontrar variadíssimas ligações que respeitam uma cadeia hierárquica onde, em primeiro lugar, aparecem as vias de âmbito nacional, que servem para ligar importantes cidades do país, e, em segundo lugar, as vias de carácter municipal, que servem para retirar grande parte do tráfego das ruas e avenidas do concelho.
Assim, temos os Itinerários Principais (IP), os Itinerários Complementares (IC) e as Estradas Nacionais e Regionais que fazem parte das vias nacionais, as quais são da responsabilidade do Estado, quer pelo desenho do seu traçado, de Norte para Sul, quer pela sua manutenção feita pela EP (Estradas de Portugal), tal como, as Vias de Ligação (VL) que, como a referência anterior indica, são da responsabilidade do município e ainda são bastante recentes, não estando até, todas as projectadas, construídas de momento.
Dado isso, a ampla rede rodoviária existente tanto nacional como municipal, fazem com que o acesso e a circulação na cidade sejam, agora, relativamente, fáceis.
No entanto, estão previstas, até agora, 11 Vias de Ligação, das quais apenas duas estão construídas na sua totalidade, estando as outras com parte do traçado já construído ou, ainda, só em projecto, as quais serão uma importante resposta à redução do trânsito urbano nas ruas e avenidas de Gaia, sendo que, muitas destas vias se iniciam ou iniciarão nas estradas da rede nacional e, grande parte delas, atravessam o concelho de poente a nascente garantindo, assim, uma mobilidade no concelho bastante aceitável.
Tudo isto, aliado ao condicionamento de algumas ruas, como é o caso das que percorrem o centro histórico, onde se recorreu à instalação de aparelhos, nas demais ruas, de forma a apenas circularem nas mesmas os moradores, transportes público e outras viaturas devidamente autorizadas e identificadas, levarão a uma eficiente rede de estradas municipais que conduzirão à redução de tráfego nalgumas ruas, contribuindo, assim, para uma melhor qualidade de vida urbana, porque o trânsito citadino é, em parte, o grande causador do stress que se vive nas cidades.
Em suma, Gaia tem registado um aumento nas vias de circulação e, também, um melhoramento das vias existentes com a colocação de mais passadeiras, mais semáforos e mais alcatrão. Desta forma, o concelho está mais organizado e muitas são as pessoas que residem fora do concelho que notam a diferença e elogiam o trabalho que tem vindo a ser feito na área dos acessos.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Tradição: S. Gonçalo


Todos os anos, em Vila Nova de Gaia é realizada a romaria de S. Gonçalo, a primeira do ano.
O S. Gonçalo provém de Amarante e, segundo reza a lenda, este Santo terá falecido a 10 de Janeiro de 1259. Daí, esta festa popular celebrar-se no primeiro domingo após o dia 10.
Nesse dia, a cidade de Gaia acorda ao som do rufar dos bombos dos mareantes do Rio Douro (freguesia de Santa Marinha) e das Comissões Velha e Nova Rasa (Mafamude).
Percorrendo toda a cidade e levando consigo os seus santos protectores: S. Cristóvão, dos barqueiros do rio; S. Gonçalo, dos Homens do mar, das doenças dos ossos e dos construtores de pontes; e, finalmente, o S. Roque dos antigos carpinteiros navais e calafeiras, protector contra a peste; estes rivais pretendem saudar o bom povo de Gaia.
As cabeças dos santos que transportam são a principal atracão destes cortejos, sendo que os festeiros da Rasa levam a cabeça do S. Gonçalo e os Mareantes do Rio Douro a de S. Cristóvão.
No final do dia, ambos os cortejos se encontram na Igreja de Mafamude e é lá que os de Rio Douro aproveitam para protestar o que lhes pertence, pois acreditam que o padre de Santa Marinha ao mudar para a igreja de Mafamude levou consigo o S. Gonçalo, santo este que dizem pertencer a Santa Marinha. Assim, como forma de reclamar a posse do santo no decorrer do cortejo, afirmam “Ele é nosso!!!” e é nesta altura que os fieis aproveitam para rezar junto ao altar, pedindo que o novo ano lhes seja favorável não só em questão de saúde, mas também em aspectos mais pessoais, como o casamento.
Esta festa popular, com origens que se perdem no tempo foi incorporada em diversas manifestações religiosas e populares, algumas da Idade Média, mas outras do século antes do nascimento de Cristo.
Actualmente, esta romaria tem vindo a perder o seu carácter e importância, sendo cada vez menos as pessoas que se interessam e participam nesta festa popular, embora aquelas que ainda o fazem demonstrem todo o entusiasmo e euforia à volta deste dia de festa.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Produtos Típicos: “Velhotes da Braguesa”


Fabricado à base de ovos, margarina e açúcar, este tipo de pão doce é um produto secular, típico da freguesia de Valadares.
De forma rectangular, os “Velhotes” são, especialmente, procurados no mês de Julho, aquando a Festa em honra do Senhor dos Aflitos, em Valadares.
Este produto chegou, a Vila Nova de Gaia, nos inícios do século XX, quando uma mulher natural de Braga (daí a denominação “da Braguesa”) chega com a receita, e já com a designação de “Velhotes”, a Valadares, onde instalou uma padaria, um negócio de tradição familiar. Dado isto, desconhece-se a razão do nome “Velhotes” dado ao referido pão doce.
Devido ao seu sucesso, tal como a broa, também este doce regional deu origem à criação de uma confraria para a sua defesa e divulgação, já em 1998.
Contudo, na altura tratava-se da Confraria dos Amigos de Bem Comer e Beber, que começou com um encontro mensal no Restaurante Cantinho do Amigo, com um grupo primeiramente reduzido, mas que a 11 de Dezembro de 1998, já contava com mais de 20 confrades efectivos.
Os seus princípios eram o de saber aproveitar os prazeres da vida, a boa comida, o bom vinho, o convívio saudável e o companheirismo.
Porém, isto foi mudando numa tentativa de aproximação com o património histórico, dando origem, a 27 de Dezembro de 2002, à oficialização da Confraria do Velhote (o novo nome da fundada em 1998), a qual é constituída por outros mais de 400 membros que garantem a continuidade do convívio são e fraterno, acima de tudo sincero dentro dos princípios éticos sociáveis, destacando-se com a capa azul debruada a azul cru, com emblema incrustado, chapéu cinzento com espiga e colar com emblema de bronze, contraste com a capa.
Além disto, apresentam a bandeira com o doce "o Velhote" bordado a ouro, num fundo azul celeste, onde está identificada a freguesia e o concelho ao qual o típico produto pertence.
Esta Confraria, filiada na Federação Nacional das Confrarias da Gastronomia Portuguesa desde 2005, ocupa-se pela realiza colóquios e outras acções de âmbito cultural e a certificação da qualidade do doce e, claro, pela dignificação e divulgação da existência do doce regional “O Velhote”.

sábado, 18 de abril de 2009

Produtos Típicos: Broa de Avintes


A Broa é um produto típico de Vila Nova de Gaia mas, especialmente, da freguesia de Avintes, que lhe dá o nome.
Esta é considerada o local de fabrico da broa por excelência, desde a altura em que D. Dinis, receando os incêndios entre os muros do Porto, publicou um conjunto de directivas onde estabelecia que a cozedura do pão de milho deveria ocorrer apenas em Avintes e Valongo.
Dado isto, esta freguesia rica em grão, aproveita para aumentar em muito a sua produtividade, sendo favorecida pelo facto de, desde o século XIII, se negar o pagamento de portagens às mulheres que vendiam este pão, devido à nota importante que constou do Foral concedido, por Afonso III, a Gaia.
Nestas circunstâncias, a moagem dos cereais, feita nos cerca de 50 moinhos de água que o Rio Febros faz girar, vai ganhando relevância, atingindo o auge no século XVIII, quando a padaria passa a ser a principal ocupação em Avintes.
Com isto, a apetência da freguesia para a produção da broa é reconhecida até pelos franceses que, durante as Invasões que realizaram em Portugal, pouparam a freguesia do saque geral para que continuasse a fornecer o alimento à cidade.
Com efeito, Avintes vai aumentando significativamente a sua produtividade, falando-se em 300 carros de pão por semana, nos inícios do século XIX, enquanto no século anterior só se falava em 96 carros por semana.
Contudo, em meados do século XIX, a freguesia da broa vê-se entrar na decadência, uma vez que os seus fabricantes e vendedores recusaram a deliberação camarária de vender o famoso pão ao peso, entrando por isso em greve.
Posto isto, devido à dependência da cidade no pão de milho de Avintes foi necessário criar alternativas para alimentar os seus moradores. Assim, construíram-se fornos dentro da urbe, aumentando a concorrência de Avintes e industrializando-se o produto.
Apesar disto, recentemente, e com o intuito de preservar e divulgar este produto de enorme história e tradição, foi criada por Escritura Pública a Confraria Broa de Avintes.

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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Casa Museu Teixeira Lopes / Galerias Diogo de Macedo


A Casa Museu Teixeira Lopes é composta por duas unidades complementares, que na globalidade das suas obras apresentam uma visão das artes visuais compreendida entre o século XIX e os inícios do século XX. Uma é a Casa de Teixeira Lopes, outra é as Galerias Diogo de Macedo.
A Casa de Teixeira Lopes é um edifício oitocentista (1895) de aspecto regional, com um pátio povoado de obras de arte, projectado pelo arquitecto José Teixeira Lopes para residência e oficina de escultura do seu irmão, António Teixeira Lopes. Esta foi doada por Teixeira Lopes, em 1933, ao Município de Vila Nova de Gaia, com todo o seu espólio, dando origem à Casa Museu, uma vez que nela ainda se encontra todo o mobiliário original, assim como esculturas de bronze, mármore e maquetas de gesso da autoria do ex-proprietário.
A esta casa, foi anexo um edifício, de construção mais recente, inaugurado em 1975, designado Galerias Diogo de Macedo, devido à doação de grande parte da obra da colecção deste artista à Câmara Municipal de Gaia.
Assim, neste espaço, estão inseridas as obras dos escultores António Teixeira Lopes e Diogo de Macedo e as colecções por eles reunidas que passam pela pintura, escultura e artes decorativas, como peças que foram produzidas pelas fábricas de cerâmica do município. Dado isto, podemos encontrar obras de múltiplos autores, tanto nacionais como estrangeiros.
Além de tudo isto, ainda existem as Oficinas da Casa Museu, que correspondem aos ateliers onde Teixeira Lopes trabalhou e esculpiu, onde, actualmente, muitos escultores nacionais trabalham e criam, saindo deste local cerca de 90% da estatuária produzida em Portugal, que povoa jardins e parques nacionais e internacionais.

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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Solar Condes de Resende


O Solar Condes de Resende situa-se na freguesia de Canelas, perto da Igreja de Santa Isabel.
Esta casa senhorial foi edificada possivelmente durante a Idade Média, no século XI, sendo antigamente conhecida como Quinta da Costa.
Nos tempos que correm, é conhecida pelo nome dos seus antigos donos, sendo propriedade municipal, desde 1984, na qual funcionam os serviços de investigação, estudo e divulgação da Arqueologia, História, Antropologia Cultural e Património de Vila Nova de Gaia, sendo, por isso, considerada a Casa Municipal da Cultura.
Contudo, neste local podem, ainda, ser encontrados o Arquivo Condes de Resende, os estudos sobre a vida e obra de Eça de Queiroz, o Roteiro Queirosiano de Vila Nova de Gaia e uma boa parte da Colecção Marciano Azuaga doada ao Município de Vila Nova de Gaia em 1904.
Além disto, existem ainda salas para exposições e eventos, um centro de documentação com biblioteca, o Jardim Eça de Queirós, onde este escritor se apaixonou por Emília de Castro Pamplona, filha dos Condes de Resende e o jardim das Japoneiras ou das Camélias que contém espécies centenárias.


terça-feira, 14 de abril de 2009

Casa da Cultura - Casa Barbot


A Casa Barbot, assim chamada por aqui ter vivido a família Barbot, situa-se na Avenida da República, junto à Estação de General Torres.
Trata-se de uma antiga residência unifamiliar datada do início do século XX, sendo o exemplar único de Arte Nova em Vila Nova de Gaia, conjugando a inspiração árabe, neoclássica e ainda elementos de gosto oriental, aproximando o edifício de um gosto francês de finais do século XIX.
O requinte da sua decoração deve-se à mestria do trabalho do escultor gaiense Alves de Sousa, do pintor Veloso Salgado, do estucador Baganha e do arquitecto Ventura Terra, que juntos contribuíram para a criação de uma requintada moradia que engloba ainda um jardim, estufa e mirante.
Apesar das transformações sucessivas introduzidas pelos diversos proprietários, o edifício mantém a estrutura inicial de cave mais dois pisos.
Desde 3 de Fevereiro de 2007, neste edifício, classificado como Imóvel de Interesse Público em 1982, funciona a Casa da Cultura do município de Vila Nova de Gaia, a qual adquiriu o imóvel, recuperou-o e aí instalou a Casa da Cultura, sede do Pelouro da Cultura, Património e Turismo da autarquia.
A Casa Barbot ou Casa da Cultura dispõe actualmente de uma área destinada a exposições e à promoção de eventos como debates, colóquios, seminários, workshops, lançamento de livros e momentos musicais, trabalhando nela inúmeras pessoas que se dedicam à projecção de eventos culturais, que passam, por exemplo, pela montagem da Cascata S. Joanina nos seus jardins.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Aqueduto dos Arcos do Sardão


Classificado como Monumento Nacional, este aqueduto de arquitectura civil privada, foi mandado construir em 1720, pelo avô materno de Almeida Garrett.
Foi concebido como uma robusta estrutura constituída por uma arcada com vinte e três arcos plenos, de grande dimensão, assentes em outros tantos pilares que servia para levar água desde uma nascente em Vilar de Andorinho até ao palacete da Quinta do Sardão.
O que resta dele são algumas das arcadas existentes na referida quinta, na freguesia de Oliveira do Douro, devido a alteração feita em 1987, para permitir a passagem da estrada nacional 222, para Avintes.
Podem ser observados do miradouro do Monte da Virgem.


Imagem: arquivo municipal

sábado, 11 de abril de 2009

Convento de Corpus Christi


O Convento de Corpus Christi, também conhecido como Instituto do Bom Pastor, é um antigo edifício religioso localizado na freguesia de Santa Marinha, no Largo Aljubarrota.
Construído primitivamente junto ao rio, no século XIV, este antigo e belo convento Dominicano, construído em torno da igreja, sofreu profundas alterações e acréscimos nos séculos XVII e XVIII, devido às cheias do Douro que provocaram uma degradação gradual do edifício.
A edificação do novo templo foi, então, desenhada pelo Padre Pantelão da Rocha de Magalhães, na segunda metade do século XVII, começando as obras em 1675 e prolongando-se até ao final do século.
Contudo, a interpretação menor do modelo lisboeta do convento do Bom Sucesso de Belém, revelou alguns problemas arquitectónicos que vieram a ser resolvidos, entre 1677 e 1680, pelo pedreiro Gregório Fernandes.
Assim, a igreja conventual, do século XVII, é de estilo barroco joanino, com forma de rotunda poligonal, apresentando no coro um sumptuoso tecto apainelado, assim como um cadeiral em talha, que remonta à segunda metade de Seiscentos e de onde sobressai a expressividade de determinadas máscaras e animais que se enquadra nas temáticas da Ordem de São Domingos.
Além disto, possui uma antiquíssima estátua de S. Domingos e uma fonte seiscentista.
Apesar de toda a sua beleza, na sequência do triunfo do liberalismo em Portugal, em 1834 o convento foi extinto e os seus bens confiscados. Dado isto, em 1930, o edifício foi entregue às irmãs do Instituto do Bom Pastor que criaram um Instituto Feminino de Educação e Regeneração, o que, dado o aumento das internadas, levou à construção, em 1940, da ala poente do convento, de arquitectura tipicamente do Estado Novo.
No início da década de 90, as religiosas retiram-se e o edifício foi entregue à Ordem Soberana e Militar de Malta, apesar de ter sido revertido para a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, em 2003. Altura em que o convento sofreu obras de remodelação, albergando agora uma zona de promoção e comercialização de produtos e actividades de interesse cultural e ainda um pólo de mestrado da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto.


Imagem:

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Mosteiro de Pedroso


Fundado, provavelmente, no século XI, apesar de existirem documentos que declaram a sua existência no século IX, o mosteiro beneditino foi doado pelo D. Gondesinho.
Inicialmente de estilo românico, vê, em 1128, após Pedroso receber o foral concedido por D. Afonso, a sua zona de influência distribuir-se por 37 freguesias que foram desde Vila Nova de Gaia, até Santa Maria da Feira, ao termo de Aveiro, do Vouga, ao concelho de Lafões e à freguesia de Santa Eulália de Vila Maior, no concelho de Pereira Jusã.
Contudo, durante o século XV sofreu profundas alterações na sua arquitectura, perdendo quase toda a sua traça original com excepção da fachada lateral com um escudo, e a pia baptismal, no seu interior.
Dado isto, a igreja apresenta-se constituída por uma torre medieval, fachada em granito, brasão gótico, uma galilé do século XVI e uma colecção de vinte imagens, nomeadamente, a de São Pedro e São Miguel, que conferem a grandiosidade da considerada igreja matriz em 1759.
Com isto, não há qualquer dúvida em afirmar que o Mosteiro de Pedroso, o qual acolheu o Frei Pedro Julião, que mais tarde foi nomeado Papa João XXI, é o verdadeiro ex-libris de Pedroso e das regiões envolventes.
De um valor histórico incalculável, este Mosteiro é já considerado monu­mento de interesse regional, sendo aspiração da população de Pedroso que receba a classificação de interesse nacional.


Imagem: guia turístico de Vila Nova de Gaia

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Mosteiro de Grijó


O Mosteiro de Grijó ou Mosteiro de São Salvador de Grijó localiza-se na freguesia de Grijó, no Lugar do Mosteiro.
Mandado construir nos inícios do século X, sob o nome de Mosteiro de Eclesiola, viu o seu lugar, arquitectura e nome alterados. O nome devido ao passar dos anos que fez com que a terra se começasse a chamar Egrejinha (Igriji em latim), passando depois para Egrijó e finalmente Grijó que deu origem à denominação Mosteiro de São Salvador de Grijó; o lugar, que inicialmente era Murraceses, mudou juntamente com a arquitectura devido à necessidade de reconstrução.
Assim, de arquitectura religiosa, maneirista, surge a construção actual do mosteiro que data dos séculos XVI-XVII, devido à demora de construção da capela-mor que só terminou em 1629, quando a primeira pedra do dormitório foi lançada em 1574, dois anos após o contrato do arquitecto Francisco Velasquez, para desenhar o projecto.
Os claustros do mosteiro serviram vários propósitos ao longo dos séculos, sendo utilizados até mesmo como hospital durante a resistência à invasão napoleónica no século XIX.
No entanto, no ano de 1770 o convento foi extinto, passando os seus bens para o Convento de Mafra.
Imagem:

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mosteiro da Serra do Pilar


O Mosteiro da Serra do Pilar é um monumento histórico de Vila Nova de Gaia que se situa na freguesia de Santa Marinha, junto à Ponte D. Luís.
Inserido na área classificada, em Dezembro de 1996, como Património Mundial da UNESCO, o ex-libris de Gaia preserva a interessante igreja e o claustro, de planta circular, com 36 capitéis jónicos, que é exemplar único em Portugal.
Foi mandado construir, em 1538, pelos mestres Diogo de Castilho e João de Ruão com o intuito de albergar os Frades Agostinhos do Mosteiro de Grijó, sendo concluído apenas em 1670, devido à falta de verbas causada pelo domínio espanhol sobre o reinado português.
A igreja (classificada Monumento Nacional) do século XVI é uma réplica da Igreja de Santa Maria Redonda, em Roma. Curiosa pela sua planta circular, é coberta por uma abóbada hemisférica, rodeada por varandim e rematada por um lanternim (abertura alta e estreita na parede), enquanto no interior se salientam os trabalhos em talha dourada e as imagens de madeira policromada setecentistas.
Ao longo dos tempos serviu de abrigo aos militares que defendiam a cidade, o país e os seus habitantes, sendo, durante o Cerco do Porto (1832-1833), o único refúgio que os liberais conseguiram manter a Sul do Rio Douro.
Dado isto, nota-se o quanto foi alvo da violência da guerra e de ataques constantes, que o deixaram num estado deplorável de ruína e abandono, mas que não o destruíram.
Assim, em 1834, com a criação da Real Irmandade de Nossa Senhora do Pilar e, posteriormente, do Grupo de Amigos do Mosteiro da Serra do Pilar, é recuperado o conjunto museológico que, durante as conquistas liberais, foi reconhecido pelo seu valor militar e, com isto, o convento foi transformado em fortaleza improvisada.
Já no início do século XX, tornou-se Quartel das Tropas, estando actualmente sob a alçada do Regimento de Artilharia da Serra do Pilar.


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Próximas publicações

A partir deste momento, iremos publicar vários textos sobre locais que demarcam o património cultural de Vila Nova de Gaia e sítios onde essa cultura é promovida.
Seguidamente, falaremos de assuntos diversos como os produtos típicos, a Festa do S. Gonçalo, eventos e locais de interesse na cidade de Vila Nova de Gaia, entre outros temas.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Música


António Pinho Vargas nasceu em Vila Nova de Gaia a 15 de Agosto de 1951, sendo um pianista português de jazz e música erudita, assim como ensaísta e autor de livros sobre música.
Formou-se em História na Universidade do Porto e diplomou-se no Conservatório de Roterdão e, de 1987 a 1990, formou-se em composição. Um ano mais tarde torna-se professor de composição na Escola Superior de Música de Lisboa.António Vargas é um dos nomes mais importantes do Jazz em Portugal, tendo gravado 7 discos com dezenas de composições originais com influências da música contemporânea, tendo escrito trilhas sonoras de filmes e duas peças de teatro, contado já com inúmeros prémios recebidos.


site oficial:

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Literatura


José Rentes de Carvalho nasceu em 1930, no concelho de V.N. Gaia, tendo frequentado, no Porto, o Liceu Alexandre Herculano e mais tarde estudado nos liceus de Viana do Castelo e de Vila Real.
No entanto, por razões políticas viu-se obrigado a sair de Portugal, tendo vivido no Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Iorque e Paris. Foi nessas cidades que trabalhou para jornais, como: “Correio Paulista”, “ Estado São Paulo”, “Globo” e para a revista “Cruzeiro”.
Em 1956, mudou-se para Amesterdão, a fim de trabalhar na embaixada brasileira.
Contudo, ainda fez um mestrado na Universidade de Amesterdão, onde mais tarde veio a leccionar até 1988, altura em que se reforma da universidade e continua a carreira de jornalista e romancista.
A sua bibliografia inclui um vasto número de colaborações em jornais, publicações culturais, revistas, contos, ensaios, assim como em diversas antologias literárias e escolares portuguesas e holandesas, apesar de ter edições portuguesas, brasileiras, belgas e holandesas.Em 1991 recebeu o grau de grande comendador da Ordem do Infante D. Henrique e no ano seguinte a cidade de Vila Nova de Gaia ofereceu-lhe a medalha de ouro da cidade.


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Escultura


António Soares dos Reis nasceu, em 1847, na freguesia de Mafamude, em Vila Nova de Gaia.
Com 13 anos, Soares dos Reis iniciou os seus estudos de desenho na Academia Portuense de Belas Artes, concluindo o curso em 1866.
Viveu também em Paris e em Roma, mas, foi no Porto que recebeu vários prémios.
Este importante escultor português suicidou-se em 1889 no seu ateliê em VNG.
Em 1911 o chamado Museu Portuense, instalado no edifício do Convento de Santo António da Cidade, actual edifício da Biblioteca Pública Municipal do Porto, passou a chamar-se Museu Soares dos Reis, em homenagem ao escultor, fazendo a maioria do seu espólio parte da colecção do museu.

Imagem:

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Rádio e Televisão


António Manuel Sala Mira Gomes nasceu em Vilar do Paraíso a 14 de Janeiro de 1949.
O seu sonho era ser actor, mas desde logo descobriu que a sua vocação era de locutor de rádio fónico.
António Sala era também dotado da capacidade para tocar piano e compor as suas próprias melodias, as quais foram interpretadas por cantores da época.
Em 1966, estreou-se aos microfones dos emissores associados de Lisboa, onde também era sonorizador e técnico de som, numa peça de teatro radiofónico.
Após quatro anos, estreia-se na televisão, ainda como cantor, onde viria mais tarde a tornar-se apresentador de televisão.
A sua carreira continuou a evoluir positivamente, interpretando diversos sucessos e participando no Festival RTP da Canção em 1980 e 1984, assim como escrevendo livros.
Contudo, é em 2007 que passa a assumir o cargo de Assessor do Conselho de Gerência da Rádio Renascença, emissora na qual entrou em 1979, tendo apresentado programas marcantes como “Despertar”.

terça-feira, 31 de março de 2009

Economia


Salvador Fernandes Caetano, nascido em Vilar de Andorinho a 2 de Abril de 1926, destacou-se como industrial português no ramo automóvel.
Iniciou a sua vida profissional com apenas 11 anos de idade, tendo-se estabelecido por conta própria aos 18 anos. Dois anos mais tarde criou a empresa Martins, Caetano e Irmão Lda, uma fábrica de carroçarias que foi o embrião do Grupo Salvador Caetano.
Em 1968, tornou-se representante exclusivo da Toyota em Portugal e, em 1991, construiu a primeira unidade industrial de automóveis, em Ovar. A empresa estendeu-se a todo o país e até no estrangeiro.
Em 1982, adquiriu a Baviera e passou também a representar a BMW. Assim, ao comemorar 50 anos de actividade, Salvador Caetano, tinha criado cinquenta empresas dos mais diversos sectores de actividade.
Este empresário foi distinguido por diversas ordens, tanto a nível nacional como internacional.

Imagem:

segunda-feira, 30 de março de 2009

Desporto

Nascido em Vila Nova de Gaia, a 27 de Março de 1973, Rui Jorge de Sousa Dias de Macedo de Oliveira foi um futebolista português que, conciliando os seus estudos na Escola Secundária António Sérgio, iniciou a sua carreira no Futebol Clube do Porto aos 9 anos de idade, onde ficou até à época de 1990/91.
Posteriormente, transferiu-se para o Rio Ave Futebol Clube, voltando na época seguinte para o FCP. Após seis épocas mudou-se para o Sporting Clube de Portugal, onde jogou durante sete temporadas, tendo, no entanto, vindo a terminar a sua carreira no Belenenses.
Pela Selecção Portuguesa de Futebol, Rui Jorge contou com 44 internacionalizações, participando na final do Euro 2000, do Euro 2004 e no Campeonato do Mundo de 2002.



Vanessa de Sousa Fernandes nasceu em Perosinho a 14 de Setembro de 1983.
Vanessa herdou do seu pai, Venceslau Fernandes, o talento para o ciclismo e não só.
Aos 15 anos ingressou no Centro Alto Rendimento do Jamor, onde reside e passa maior parte do seu tempo.
Atleta do Sport Lisboa Benfica e da Selecção Portuguesa conta com vinte vitórias da Taça do Mundo de Triatlo, chegou à primeira posição do ranquing mundial e em 2008 conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim.

Imagens:
http://tudotemumprincipio.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_06.html
http://albufeirasempre.blogs.sapo.pt/203447.html

domingo, 29 de março de 2009

Arquitectura


Alcino Peixoto de Castro Soutinho nasceu em Vila Nova de Gaia, em 1930.
Este famoso arquitecto português foi considerado, pela crítica nacional e internacional, apoiante dos modelos puristas do movimento moderno.
Formado pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, usufrui de uma bolsa de estudo para continuação dos estudos em Itália, onde conheceu vários arquitectos italianos que influenciaram o início da sua carreira.
Em 1973 foi docente da Escola Superior de Belas Artes do Porto e mais tarde da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
Foi o projecto para o novo edifício do Museu Amadeo Souza Cardoso em Amarante que lhe trouxe o reconhecimento internacional.
Em 1982 recebeu o prémio “Europa Nostra” pela obra de reparação do Castelo de Vila Nova de Cerveira e sua adaptação para a pousada de D. Dinis.Contudo, é com a sua obra Novos Paços do Concelho de Matosinhos, concluída em 1987, que obtém a consagração Nacional e Internacional, sendo condecorado com a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Matosinhos no ano seguinte e, em 1992, condecorado com a Medalha de Mérito Municipal da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.
Imagens:

Próximas publicações

Com a última edição demos por finalizada a divulgação da história de Vila Nova de Gaia.
Dado isto, começaremos com a divulgação de biografias de pessoas notáveis da cidade em várias áreas.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Actividades Económicas (2ª parte)




A este clima hegemónico favorece, já no século XX, a chegada da industrialização, com a qual Vila Nova de Gaia se vê invadida por fábricas de cerâmica (destacando-se a das Devesas), metalurgia, cortiça e vidro, que se desenvolvem após as funções governativas de Fontes Pereira de Melo, o qual dava prioridade ao desenvolvimento da rede viária e dos transportes marítimos e ferroviários como forma de fazer progredir o país.
Seguindo esta medida, surge, na cidade a via-férrea com a Estação das Devesas, em 1864, que vai influenciar a localização das demais indústrias, as quais, inicialmente, se encontravam junto à via fluvial e marítima e que agora sobem para junto do mais recente meio de transporte: o comboio.
Tudo isto levará a um desenvolvimento económico crescente, devido à facilidade de escoamento dos produtos para todo o mundo, mas também a uma perda de importância do Rio Douro favorecida pela construção de um porto, concluído em 1960. Pois, a Barra do Douro, considerada a mais perigosa da Europa, continuava a estreitar, enquanto as embarcações começavam a tornar-se demasiado complexas. Assim, houve a necessidade de desviar as embarcações para outro local: o Porto de Leixões. Desta forma, dá-se o abandono do rio para fins comerciais.
Apesar das condições favoráveis, aos poucos, a intensa vida comercial e industrial de Gaia vai-se alterando, as fábricas de cerâmica fecham e outras indústrias, como a cortiça, deslocam-se para os concelhos situados a sul, mais perto do porto de Aveiro.
Dado isto, actualmente, Vila Nova de Gaia vive sobretudo de actividades terciárias, estando cada vez mais a apostar no turismo, visto que não tem matérias-primas de especial valor no subsolo, nem grandes terrenos agrícolas e por ter perdido a sua importância portuária e o entreposto exclusivo do Vinho do Porto.
Contudo, desde o início do século XX, aposta noutras vias de progresso e afirmação como a indústria automóvel e a construção civil, nas quais tem sido reconhecida nacionalmente com o seu aparecimento entre as 500 maiores empresas.Em suma, Vila Nova de Gaia por ser uma área de expansão e de descompressão construtiva e de serviços da vizinha cidade do Porto, só recentemente ganha importância e uma certa autonomia, pois, continua dependente do Porto em alguns aspectos.

Actividades Económicas (1ª parte)


Vila Nova de Gaia ganhou importância economicamente, em muito, devido à sua posição fronteiriça tanto com o Rio Douro como com o Oceano Atlântico. Pois, estes eram o único meio de comunicação existente desde os tempos mais longínquos, vindo por esta via os mais variados produtos do Alto Douro e de todo o mundo.
Tendo isto em conta, já D. Afonso III e D. Dinis atribuíram os forais às distintas povoações que outrora existiram, de modo a fazer da margem esquerda do rio um entreposto comercial.
Com isto, desde muito cedo se desenvolveram actividades ligadas ao rio e outras que as complementavam, predominando, desde a Época Moderna, os homens de mar como pilotos, carpinteiros de naus, calafates1, estivadores2, marinheiros e artífices; mercadores e homens de negócios, mas também ferreiros, entalhadores3, imaginários e mestres de pedraria.
A estes juntavam-se os pescadores das actuais zonas da Afurada e da Aguda que, do alto mar da zona galega, traziam a pescada e do rio o sável, que se perdeu com a construção da Barragem de Crestuma.
Além destes, havia os tanoeiros que se dedicavam ao fabrico de pipas para conservar o vinho, um importante produto que séculos mais tarde irá ser uma marca para a cidade.
Pois, só a partir de 1777 os armazéns de vinho de embarque passam a situar-se na sua maioria em Gaia e em Vila Nova, onde não estavam sujeitos aos impostos a favor do bispo do Porto, passando por isso as povoações a ser somente um entreposto do Vinho do Porto no século XVIII.
Com efeito, este município começa a ganhar importância a par do Porto, através do crescente desenvolvimento económico e social, conseguido com as reformas de Marquês de Pombal, as quais modificaram o urbanismo de Gaia e de Vila Nova medievais com a instalação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (Real Companhia Velha) em Vila Nova (armazéns), Arnelas (armazéns) e Crestuma (fundição).
1Calafates – homens que concertavam as embarcações e as pipas
2Estivadores – homens que carregavam e descarregavam as embarcações
3Entalhadores – homens que trabalham a talha, trabalham a madeira

sábado, 7 de março de 2009

Configuração Administrativa


Vila Nova de Gaia apresenta-se praticamente inalterada desde o século XIII.
Contudo, desde a Idade Média até ao século XIX, a actual freguesia de Santa Marinha encontrava-se dividida em dois burgos distintos, cada qual com a sua administração, além de separados pela Ribeira de Santo Antãoou Ribeiro das Azenhas.
Esta nasce na zona da Rasa, atravessa a Telheira, segue para poente do caminho-de-ferro das Devesas, passa pela sua quinta (Quinta das Devesas) e desagua no Rio Douro.
Com isto, existiam duas povoações ribeirinhas: Vila de Gaia e Vila Nova.
A Vila de Gaia ou Concelho de Cima localizava-se a poente, no alto da vertente, desde as encostas do Castelo de Gaia até ao rio; enquanto a Vila Nova, ou Concelho de Baixo, se situava a nascente.
A primeira, designada por Gaia-a-Grande a partir do século XVII, era a povoação antiga da qual faziam parte uma fracção das freguesias de Santa Marinha, Mafamude, Oliveira do Douro e Canidelo. O restante das freguesias acima mencionadas pertencia à outra vila, a qual, também a partir do século XVII, apresenta a designação de Gaia-a-Pequena, sendo esta a povoação sede até ao século XIX.
O restante território (19 freguesias) eram os arrabaldes das vilas, constituído por povoações que se foram acumulando até ao século XIII. Pois, inicialmente existiam apenas Vilar de Andorinho, Canelas, Vilar do Paraíso, Madalena, Valadares, Gulpilhares, Arcozelo, São Félix da Marinha, Perosinho, Sermonde, Serzedo e Guetim, às quais se juntaram Avintes, Seixezelo, Grijó, Sandim, Olival e Crestuma.
Assim, aquando a formação do concelho de Vila Nova de Gaia, em 1834, este passa a contar com as vinte e três freguesias que já faziam parte de Vila Nova, Vila de Gaia e seus arrabaldes.
No entanto, durante o século XX, Vila Nova de Gaia irá sofrer duas alterações administrativas.
A primeira dá-se a 11 de Outubro de 1926, quando Espinho, numa tentativa de aumentar o seu território, passa a possuir a freguesia de Guetim, pertencente a Vila Nova de Gaia, em troca de Lever, que pertencia ao município de Vila da Feira, através de um decreto.
A segunda acontece a 9 de Fevereiro de 1952, quando uma parte de Santa Marinha se torna autónoma, dando origem à freguesia de São Pedro da Afurada.
É com um total de vinte e quatro freguesias num território com 175 km2 que a 28 de Junho de 1984 é elevada a cidade.
Imagem retirada do livro "Gaia e Vila Nova na Idade Média"

segunda-feira, 2 de março de 2009

Fundação de Vila Nova de Gaia


Após a perda de autonomia das povoações da margem sul do Douro, estas só a reconquistarão a 20 de Junho de 1834, altura em que se unem e dão origem ao actual concelho de Vila Nova de Gaia.
Todavia, para isto foi fundamental o Mosteiro da Serra do Pilar que durante as lutas liberais serviu para o General Torres, então capitão, comandar as tropas de D. Pedro IV, contra os miguelistas defensores do absolutismo régio, derrotando-os.
Com isto, Vila Nova e Vila de Gaia ganham importância libertando-se do Porto.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Integração de Gaia e Vila Nova na jurisdição do Porto


Na segunda metade do século XIV, entre 1383 e 1385, o sul de Portugal foi abalado pela invasão dos Castelhanos, os quais foram derrotados com a ajuda, entre outros, da frota enviada pelo Porto.
Dado isto, D. João I resolveu recompensar o Porto, por ter libertado Lisboa dos Castelhanos, oferecendo-lhe parcialmente Gaia e Vila Nova, assim como outros concelhos circundantes.
Deste modo, entre 1385 até 1834, a Vila Nova e a Vila de Gaia perdem a sua autonomia, uma vez que são integradas na administração do Porto. Isto apesar de um dos homens de armas do Mestre de Avis ser o alcaide do Castelo de Gaia, então destruído pela fúria do povo em relação à extorsão que lhes era feita pela mulher do alcaide durante a ausência desse, que fora lutar pela causa da reconquista. Dado isto, a população toma o castelo de assalto e destrói-o, nunca mais sendo erguida esta fortaleza, símbolo da identidade clássica e medieval de Gaia.

Imagem: http://mjfs.wordpress.com/2007/09/12/catedral-se-do-porto/

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Gaia e Vila Nova


Após a reconquista e a pacificação dos territórios a sul do Douro, as terras férteis abandonadas são novamente ocupadas pelos colonos que em tempos se deslocaram para norte, em troca de melhores contratos feudais com os novos senhores das terras conquistadas.
É a partir daqui que surgem dois burgos distintos, os quais faziam parte da actual freguesia de Santa Marinha, sendo por isso ambos localizados na zona ribeirinha.
Um era Portucale Castrum Antiquum, cujos bispos queriam deter os direitos senhoriais do burgo, causando antagonismos entre os burgueses de Gaia e o poder senhorial dos bispos portucalenses.
Tendo em conta isto e o facto da família real conceder grandes benefícios e bens aos mosteiros locais, interveio D. Afonso III no reguengo de Gaia, ao outorgar a carta de foral em 1255, passando esse a denominar-se Vila de Gaia, aquando a atribuição do documento régio.
Deste modo, afronta os privilégios dos clérigos quando, com o desejo que aqui nascesse uma nova povoação, tão importante como o Porto, passa a cobrar impostos dos géneros e mercadorias vindas do Douro, ao estabelecer alfândegas reais que estavam vedadas ao poderio do Bispo do Porto.
Com isto, com uma base económica não só agrícola, mas principalmente piscatória, vinícola e comercial, pretendia incrementar a função de entreposto comercial pela sua localização, e por conseguinte favorecer o desenvolvimento económico liberto de pressões senhoriais.
Tudo isto com o objectivo de povoar esta região, oferecendo aos seus moradores, na maioria pescadores e mercadores, o invejável privilégio de não pagarem portagem em nenhuma parte do reino.
O outro era o Burgo Velho do Porto, que com a atribuição do foral de D. Dinis e D. Isabel, em 1288, se passou a chamar Vila Nova de Rei, restringindo-se rapidamente a Vila Nova, logo em 1291. Este facilmente se tornou num importante estaleiro e entreposto comercial, com uma feira medieval privilegiada em 1308.
Estas povoações encontravam-se separadas, geograficamente, pela Ribeira de Santo Antão, assim como pela administração, pois cada uma tinha os seus próprios eleitos para administrar os respectivos burgos.
No entanto, estas ligavam-se na defesa dos interesses comuns e de entreajuda no plano comercial, dado que, enquanto a Vila de Gaia estabelecia o comércio com o Alto Douro e pescava, a outra servia de estaleiro e entreposto para albergar o importado.Apesar da divisão administrativa, as duas populações da margem esquerda do rio, estabeleciam uma relação de interdependência, assente numa ajuda mútua.


Imagem retirada do livro "Gaia e Vila Nova na Idade Média"

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Reconquista Cristã


A partir do século VIII, mais precisamente do ano de 711, com a invasão dos muçulmanos sob o comando de Tarique, o Rio Douro passa a servir de fronteira entre os cristãos (a norte) e os muçulmanos (a sul). Assim sendo, as populações cristãs inicialmente situadas a sul deste, vêem-se obrigadas a refugiarem-se mais a norte, na parte cristã.
Esta divisão vai levar a muitas batalhas e, até mesmo, a lendas amorosas como a Lenda de Gaia. No entanto, a reconquista de Portucale Castrum Antiquum só é conseguida em 868, por Vimara Peres, altura em que esta povoação fica a pertencer à diocese de Coimbra até à reimplantação da Sé portucalense na margem direita do Douro, no século XII com a eleição do Bispo D. Hugo, o primeiro senhor deste couto, após a consolidação cristã no noroeste peninsular.
Imagem retirada de: topazio1950.blogs.sapo.pt

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Antiquum / Novum


Após a queda do Império Romano, foi necessário distinguir as povoações das diferentes margens do Douro, ambas designadas por Portucale. Assim, por aqui já existir um antigo castro romano que servira de fortaleza, passaram a denominar, na parte esquerda do rio, Portucale Castrum Antiquum, que deriva do antigo Castelo de Gaia, que existia na altura mas, hoje em dia já não sobra nada desta construção a não ser vestígios que se vão descobrindo. Enquanto na margem direita denominaram-na Portucale Castrum Novum, devido à construção da nova Sé episcopal (Século VI), que destituiu a de Meinedo, passando-a para Portucale Castrum Novum, durante o domínio dos suevos, no norte da Península Ibérica durante o reinado de Teodomiro, em 569, pela necessidade de reestruturar as dioceses no seu reino, que se situava a noroeste da Península Ibérica, após o desmoronamento da civilização romana e todo o seu legado clássico com as invasões bárbaras, em 525.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A Primeira Povoação


Ainda hoje está por determinar a origem da cidade de Cale (ou Calem) ou, melhor dizendo, em que margem do Douro se situava este povoamento antigo, cujos vestígios arqueológicos têm aparecido em ambos os lados do rio, permanecendo a dúvida em relação ao seu posicionamento.
No entanto, sabe-se que no domínio romano, Cale foi fundada na margem esquerda do Rio Douro, junto à sua foz, no decorrer da campanha de conquista da Península Ibérica de Décimo Júnior Bruto (general romano), sendo, no alto da sua vertente, construída uma estação militar para servir de centro de controlo. Essa virá a ser referida na via militar romana, do Imperador António Pio (Século II), entre Olissipo e Bracara Augusta (actuais cidades de Lisboa e Braga), como sendo o término da via, no sentido sul-norte, antes de se atravessar a via fluvial por barcas para continuar viagem até à principal cidade do norte da altura: Bracara Augusta.
Com isto, Cale é vista com um porto e como tal passaram a denominar o povoamento de Portus Cale e, mais tarde, de Portucale, topónimo que virá a dar nome ao nosso país que séculos mais tarde nascerá: Portugal (século XII). Isto porque no latim clássico não se faz distinção clara entre as letras e o som “c” e “g”.


Imagem retirada do 1º volume do livro “Tempo da história” de 10º ano da Porto Editora

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Próximas publicações...

Nas próximas publicações vamos descrever de forma simplificada o passado histórico de Gaia e o seu desenvolvimento até o século XX, na evolução a vila, depois a cidade, explicando o que contribuiu para isso.

Descrição do blog

Somos estudantes da Escola Secundária António Sérgio, a frequentar o 12ºE no ano lectivo de 2008/09 que, no seguimento do projecto intitulado "Evolução do Munícipio de Gaia", decidimos criar um espaço onde possamos apresentar todo o nosso trabalho, que julgamos ser interessante para quem desconhece esta cidade. Da mesma forma, para todos aqueles que nela residem, mas que não valorizam o que apresenta ou o desconhecem.